UMA ANÁLISE SOBRE A INFLUÊNCIA DO PÓS-MODERNISMO NA IGREJA: COM
DESTAQUE PARA O PLURALISMO
No
texto anterior, havíamos abordado a problemática que envolve a
ausência de fidelidade e de honestidade escriturística de muitos
pastores. Entre tantas explicações possíveis, foram apontadas três
razões, a saber:
-
A incompreensão do chamado de Deus para o ministério pastoral;
-
A falta de regeneração promovida pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo; e,
-
A assimilação dos valores pós-modernos: pluralismo, relativismo e humanismo.
Hoje,
iremos refletir sobre o terceiro aspecto-chave dessa discussão, mais
especificamente, sobre o pluralismo. Antes, contudo, de
prosseguirmos, cabe-nos traçar em linhas gerais o contexto do
pós-modernismo para, então, destacarmos o pluralismo como
influência perniciosa para a igreja de Cristo.
O
pós-modernismo nasceu no fim do século XX, com a falência do
comunismo, com a queda do muro de Berlim, em 1989 e, com o fracasso
da economia mundial baseada no materialismo. A cosmovisão romântica
do ser humano, do cientificismo e do racionalismo perderam força
para um novo período na história da humanidade, conhecido como
pós-modernismo. Esse movimento filosófico-ideológico vai permear
todas as áreas da sociedade: da cultura à religião. Ocorre nesse
momento, uma queda acentuada dos padrões morais estabelecidos
anteriormente e os pós-modernistas começam a questionar de maneira
muito incisiva a necessidade de haver verdades-absolutas como
parâmetros para o homem. Para sustentar essa posição, os
defensores desse movimento estabeleceram valores, que são o
alicerce de sua doutrina, para contraditar o modernismo. Um desses
pilares é o pluralismo.
Héber
Carlos de Campos, pastor presbiteriano e doutor em Teologia
Sistemática no Concordia Theological Seminary, Saint Louis,
Missouri, EUA (1992), destaca no seu ensaio intitulado “O
Pluralismo no Pós-Modernismo” (1997), que o paradigma pluralista
tem suas raízes ainda no modernismo, quando o homem coloca em dúvida
a verdade-absoluta de que somente Jesus Cristo – aqui, entende-se
como o cristianismo – é o único caminho para a salvação da
humanidade, pois, segundo os arautos desse sistema ideológico, Deus
está salvificamente disponível e acessível a todas as religiões.
Portanto, outras civilizações também possuíam a salvação eterna
sem a presença do cristianismo, ou seja, de Jesus Cristo.
Dessa
forma, podemos então conceituar o pluralismo como o ensino da
rejeição às verdades-absolutas defendidas pela Palavra de Deus,
apontando que existem outras alternativas aceitáveis além do
cristianismo, ou seja, a propagação da pluralidade de verdades.
No
próximo texto, iremos mencionar as diferentes formas de manifestação
do pluralismo na igreja e como ela distorce a verdade objetiva de
Deus para o homem estabelecida em João 14:6, que diz: “Respondeu-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai,
senão por mim”. (grifo nosso).
Até!
Em Cristo Jesus,
Pastor
Willian
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