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ENTREVISTA DE MARCO FELICIANO À VEJA

Pastor Marco Feliciano (PSC-SP)
A Igreja Evangélica no Brasil vive momentos de acirrados embates ideológicos com ativistas do grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) . Exemplo disso, são as constantes críticas dirigidas aos pastores que estão na linha de frente dessa rusga, como pastor Silas Malafaia e, agora, o futuro presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pastor e deputado federal, Marco Feliciano (PSC-SP).

Marco Feliciano está sendo acusado de racista e homofóbico por líderes gays e parlamentares contrários à sua postura religiosa e política. A despeito disso, Feliciano não se intimida e diz que vai se manter firme em relação ao seu papel como pastor e político.

Feliciano concedeu uma entrevista à Veja e nela fala sobre o seu posicionamento pertinente à união homossexual. Abaixo, a entrevista do pastor ao portal de notícias da Veja (www.veja.abril.com.br), divulgada hoje:


Entrevista

'A união homossexual não é normal', diz candidato à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara

Além de afirmar que os africanos carregam uma maldição desde os tempos de Noé, pastor Marco Feliciano também tentou derrubar a decisão do STF que permite a união civil entre pessoas do mesmo sexo

Considerada uma das comissões que produzem os debates mais acalorados da Câmara, a Comissão de Direitos Humanos será palco de novo embate nesta terça-feira, quando o PSC (Partido Social Cristão) indicar o deputado Marco Feliciano, de 40 anos, para presidir o colegiado. Pastor da Assembleia de Deus, Feliciano não é um homem de meias palavras. Nos últimos tempos, provocou confusão ao afirmar que os africanos carregam uma maldiçãodesde os tempos de Noé. Também ganhou a pecha de homofóbico ao apresentar um projeto para tentar derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite a união entre pessoas do mesmo sexo.

É uma pena que um tema tão amplo e relevante quanto o dos direitos humanos possa se ver limitado à discussão – que tende a se tornar caricata e estéril – entre um prócer do PSC e integrantes do bloco de partidos de esquerda, que há tempos indicam o seu presidente. Porém, na partilha das comissões temáticas, coube ao PSC, que tem 16 deputados e apoia o governo Dilma Rousseff, o comando da comissão. O deputado conversou nesta segunda com o site de VEJA. Leia trechos da entrevista.
O senhor disse em plenário viver um “tempo de caça às bruxas” sobre questões homossexuais. Acha que o Congresso representa todos os setores da sociedade brasileira? Não temos democracia aqui. A democracia só funciona para uma parte desse grupo que se diz minoria. Minoria, entretanto, é quem não tem vez, não tem voz, não tem acesso a trabalho, não consegue estudar. Onde o grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) se encaixa nisso? Eles se escondem atrás de um rótulo de minoria, não para buscar direitos, mas privilégios.

Mas eles não têm direito a defender as causas que considerem adequadas? Entre os projetos de lei que eles querem ver aprovados está a instituição de cotas dentro das universidades públicas. Se não começar a segurar um pouco esse tipo de iniciativa gay, em breve não haverá mais controle. Daqui a pouco vão criar dentro do Brasil uma nova raça, uma raça superior.

O senhor já foi acusado de racismo. Houve uma polêmica com a cantora Preta Gil, que não fui eu que comecei [o deputado Jair Bolsonaro disse ao programa humorístico CQC que seus filhos não namorariam negros porque não haviam sido criados em um “ambiente de promiscuidade”]. Um ativista do movimento negro me provocou e perguntou o que eu achava. Disse que repousava sobre o continente africano, até na África do Sul, com população branca, uma maldição patriarcal. Mas repare no meu cabelo. Somos todos descendentes de negros.

Não acha que suas posições religiosas comprometeriam suas funções na Comissão de Direitos Humanos? A comissão discute exatamente como garantir melhores condições para setores considerados excluídos. Existe um protecionismo exacerbado com o movimento LGBT. O medo deles é que eu comece a revirar a caixa de Pandora e ver onde as verbas foram investidas, se houve direcionamento. Não tenho problemas em discutir assuntos ligados à homossexualidade. Eles é que não dão direito ao contraditório. Não os xingo de nenhuma palavra. As palavras obscurantista, fundamentalista e desgraçado foram usadas por eles contra mim.
O senhor não acha que os homossexuais sofrem perseguição? Quando homossexuais são feridos, mortos ou quando sofrem qualquer tipo de preconceito, aí é uma questão de direitos humanos. Mas também me preocupo, por exemplo, com os brasileiros presos no exterior por estarem ilegais. Ninguém pergunta pelos direitos deles.

Mas o senhor fala em medo da causa gay? Nosso medo é só esse: união homossexual não é normal. O reto não foi feito para ser penetrado. Não haveria condição de dar sequência à nossa raça. Agora, o que se faz dentro de quatro paredes não me diz respeito.

Medo de quê? Deveria haver posições menos radicais na comunidade LGBT. Os gays destroem qualquer pessoa que se levante contra eles.

Por que o senhor apresentou um projeto para sustar a decisão do STF favorável à união civil de homossexuais? O casamento gay fere os direitos da Igreja. Apresentei uma proposta de plebiscito sobre a união civil. Pergunte se o grupo de direitos dos gays aceitou. Por que não posso defender o meu plebiscito? Falo por parábolas: certa vez havia animais correndo de um fogo na floresta e um beija-flor trazia uma gota d’água no bico e ia tentar apagar o fogo. Faço a minha parte. Nosso país é conservador.



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